A Medicina Chinesa, originária da China e documentada há mais de 5 mil anos, propõe-se analisar o indivíduo através de um princípio energético e, com esse diagnóstico, proceder ao tratamento por meio das várias disciplinas que englobam a Medicina Chinesa: Acupunctura, Fitoterapia, e Dietética.
A Medicina Chinesa procura tratar a origem do problema, para o erradicar em definitivo, pois essa é também a postura chinesa ao encarar a vida: analisar cada pequeno aspeto como fruto do todo e essencial para o todo. Tendo em conta a perspetiva holística do ser humano, a Medicina Chinesa encara a pessoa como parte de um todo, que é o mundo onde se insere.
Para haver equilíbrio há que tratar cada caso de forma individualizada; para harmonizar a energia, e assim tratar, é preciso harmonizar o todo, ou estar-se-á a tratar apenas parte do problema, levando a que ele volte a surgir, mesmo que sob outra forma.
Medicina Chinesa no Mundo
O conjunto de disciplinas terapêuticas que hoje conhecemos como Medicina Chinesa é o método de saúde basilar da maior parte do mundo Oriental e já alcança uma importância extrema em muitos países Ocidentais, apesar de ter tido a sua raíz e origem na China.
Esta Medicina consagrou-se em cinco mil anos de experiência documentados e influenciou, direta ou indiretamente, toda uma série de escolas de medicina, como a Tibetana, que utiliza grandemente a Fitoterapia, ou a Coreana, que utiliza métodos específicos de Acupunctura, tal como também acontece no Japão.
Encontro com o Ocidente
No mundo Ocidental a Medicina Chinesa foi apresentada pelos padres Jesuítas, sobretudo portugueses, que viajavam nas caravelas no período dos Descobrimentos e que, chegados aos diversos países se estabeleciam para divulgar a sua fé. Neste processo de evangelização, quando ancoraram na China, tanto os descobridores como os membros do clero, encontraram uma Medicina evoluída que os tratou de uma série de mazelas adquiridas aos rigores das viagens marítimas.
Origens
Os Jesuítas foram os primeiros tradutores dos textos fundamentais da Medicina Chinesa para línguas europeias e, por isso mesmo, os pioneiros na transmissão desses conhecimentos para o Ocidente. Muitos cronistas referenciaram nos seus escritos a Medicina Chinesa, como o fez Marco Polo. Contudo, só no século XX é que a Medicina Chinesa ganhou uma dimensão de peso no Ocidente.
Para que este passo de gigante fosse dado contribuíram dois aspetos: um geral e outro particular. O geral refere-se à existência das colónias portuguesas, inglesas e até das francesas naquela área do mundo. Macau e Hong Kong foram portas abertas para que os Ocidentais tomassem contacto com esta Medicina secular. Os médicos militares franceses tiveram um papel fundamental na aquisição de conhecimentos da Medicina Chinesa e sua aplicação a Ocidentais. Mas o caso particular que lançou a Medicina Chinesa no Ocidente foi a visita oficial de Richard Nixon, em 1972, à China.
O Presidente dos Estados Unidos da América visitou hospitais chineses e chegou mesmo a ter a sua constipação tratada através da Medicina Chinesa. A sua comitiva integrava jornalistas e a usual elite política que transmitiram ao Ocidente, nomeadamente os Estados Unidos, o que era aquela Medicina.
Nos Dias de Hoje
Os países ocidentalizados mais próximos da China, como a Austrália há muito que usam a Medicina Chinesa corriqueiramente, o Reino Unido – graças ao contacto via Hong Kong – tem há muito a Medicina Chinesa legalizada e subsidiada pelo Estado, havendo universidades públicas que a lecionam. O mesmo se passa numa série de outros países da Europa, dos quais são exemplo a França ou a Alemanha.
A Evolução na Europa
A Medicina Chinesa teve um rápido crescimento por todo o continente Europeu, graças ao crescente intercâmbio cultural e à vontade de recuperar métodos terapêuticos naturais, hoje em dia o seu uso está praticamente generalizado entre as opções de cuidados de saúde modernos. De acordo com estudos realizados, existem atualmente em toda a Europa mais de 300 mil clínicas de Medicina Chinesa, sendo que, na maioria dos países europeus, estes tratamentos são comparticipados pelo Estado e pelos seguros de saúde.
Disciplinas da Medicina Chinesa: Acupunctura e Fitoterapia
A mais divulgada é, sem dúvida, a Acupunctura que consiste na inserção de agulhas filiformes descartáveis em pontos muito específicos do corpo.
Mas a disciplina que é indispensável num tratamento e que é, comparativamente, pouco conhecida, é a Fitoterapia, ou seja a conjugação de plantas medicinais chinesas em fórmulas que podem ser apresentadas sob a forma de comprimido, cápsula ou gotas, bem como chá ou creme.
Medicina Chinesa Generalista
A Medicina Chinesa tem como âmbito de ação a totalidade das doenças que podem surgir ao longo das várias etapas da vida: infância, adolescência, idade adulta e terceira idade. Apesar de não haver uma lista exaustiva das patologias que tratamos, existem algumas que podemos salientar, por serem as que chegam com maior frequência à nossa consulta.
Entre estas encontram-se as patologias que causam dor, onde podemos incluir as dores nas costas (cervicalgias, dorsalgias, lombalgias, sacralgias), a dor articular (artralgia), a dor muscular, a dor reumática, a dor resultante de tendinites, as enxaquecas, a dor pós-operatória, entre outros tipos de dor.
Os problemas do foro psicológico representam também uma parte importante das consultas: depressão, stress, ansiedade, esgotamento psicológico, anorexia, insónia, psicoses, fobias… Assim como também as patologias associadas a doenças neurológicas, a diabetes, a asma, as infeções de repetição, as sequelas de AVC, os problemas menstruais, os fibromiomas, a infertilidade, os atrasos de crescimento e/ou desenvolvimento…
Acupunctura no Desporto
A busca de melhores desempenhos em atletas de competição (amadores e profissionais), nas mais diversas modalidades desportivas, originou um aumento substancial nas cargas de treino físico.
Estima-se que as cargas de treino aumentaram cerca de 20% na última década. Perante isto, é expectável que aumentem os índices de saturação (fisica e mental), overtraining e de lesões, com consequências negativas para o desempenho dos atletas.
O Tratamento consiste no acompanhamento, por ciclos de 3, 6 ou 9 meses, de atletas (profissionais e amadores), tendo como objetivos:
- Melhorar o desempenho fisico e atitude mental (em treino e competição)
- Potenciar a recuperação muscular (em treino intensivo e competição)
- Prevenir lesões e overtraining
O nosso objetivo? Contribuir para que possa atingir os seus!